segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Trilhos de trem 2


Estação Ferroviária de Marília fotografada em setembro de 2010 com Nikon D-70


Visitei há poucos dias os arredores da Estação Ferroviária da minha cidade. O objetivo era fotografar o interior dela para montar uma série de fotos da ferrovia (atuais e antigas) e escrever algumas palavras a respeito. Porém, os altos níveis de degradação e de abandono que marcam o referido ambiente me impediram de realizar meu intento. Fui hostilizado e não fui além de fotografias mais gerais da plataforma de embarque. Há alguns anos atrás, quando essa situação começou, quando os trens de passageiro estavam parando de andar pelos trlihos aqui da cidade, fiz algumas fotos de alguns detalhes da Estação, da porta do banheiro ao lado do bar.


Fotografia feita com Canon e tri-X em 1999 na Estação Ferroviária

Nessa ocasião, consegui fotografar o interior dos banheiros da Estação, local que usei quando menino e que dividi certamente com milhares de pessoas que lá estiveram de passagem, à negócios, visitando a família, tentando a sorte no interior do Estado. Alí se aliviaram ou simplesmente pentearam os cabelos na frente do único espelho do recinto arrumando as roupas amassadas pela viagem.

Imagem do banheiro da Estação feita com Canon e tri-X em 1999

Há pouco tempo, quando os trens deixaram de passar por aqui, após as chuvas de fevereiro os trilhos eram cobertos por verdadeiros 'tapetes' de flores miudas do mato que crescia sobre eles. Amarelinhas e vermelhinas, as pequeninas flores davam um charme especial ao leito da antiga ferrovia.


Os trilhos de trem em Marília em fevereiro de 2005 (Leica e neopan)


A sala do chefe da Estação também habita a minha memória da infância. Sempre cheia de pessoas uniformizadas com a roupas da RFFSA (empresa federal com comprou a Cia Paulista de Estradas de Ferro nos anos 70), servia de local para o comando e organização da partida e da chegada dos trens.


Sala do Chefe da Estação feita com Canon e tri-X em 2000

Hoje eu não posso visitar a Estação e talvez ela, da maneira como eu a vi,  não exista mais.

Um comentário:

  1. Parabéns pelas fotografias!
    Registrá-las é perpetuar a nostalgia ferroviária que nos restou. Apenas imagens. E sons.
    Siga os trilhos!

    Abs,

    Rodrigo Viudes
    Jornal da Manhã

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